CULTURA mastigada (pode?!) venho de sentir, e participar,
num encontro levado a efeito no meu querido Grajaú. Beleza pura, meu leitor(a).
Foram, sim, dois dias em que o espírito, a mente, o coração, os olhos e, sei
lá, outros bens imateriais, se energizam com vistas ao desenho das boas
políticas culturais.
SIM, dias maravilhosos no auditório da Universidade Federal
(Campos de Grajaú). Onde mesmo? Bem ali, no aprazível, espaço geográfico
(bairro Frei Alberto de Beretta), graças ao espírito empreendedor do lúcido
homem de visão, - Ronierd Barros, filho da cidade de históricos 201 anos - que
fizeram nosoutros grajuenses - um povo de respeito e admiração, (no passado
maranhense a capital econômica do sul). Trocado em miúdo: lá não se jogou
conversa fora. O encontro teve alto foco: tirar dúvidas e tomar decisões
corretas na nossa grande área cultural.
“Ô COISA BOM QUI ACHO!” - disseram até os caciques indígenas, lá
presentes, e participando... A coisa foi mesmo danada de boa. Tivemos
palestras, debates, protestos, reclamos, lamentos, opiniões, orientações e
sonhos - todos válidos e altamente proveitosos, dignos de registro e aplausos.
O primeiro registro, merecedor de encômios foi a presença (a única) do prefeito
Mercial Lima de Arruda que, por sinal, mais uma vez, demonstrou, além de ser
bom anfitrião, ser portador de invejável sensibilidade pela sempre desafiante
problemática/cultura, com excelente qualificação.
E AS ÁGUAS passaram pela ponte! As centelhas das oficinas
cresceram e ganharam os céus levando além-fronteiras - a luz do salutar
bate-rebate sobre propostas voltadas aos sistemas municipais de cultura, -
abarcando - o livro, leitura, literatura, música, artes cênicas, poesia,
jornalismo, pesquisas e documentos, patrimônio indígena, cultura popular,
comunicação e as tão sonhadas bibliotecas públicas.
DESTAQUE especial, também, à presença dos representantes da
SECMA, através dos ilustrados operadores culturais - Jeovah França, D. Tourinho,
Sebastião, Deusdete, Raimundo Luiz, que deram verdadeiro show em suas áreas
especificas. Tourinho, poeta, de mão cheia, ainda nos brindou com emocionantes
momentos, declamando belos poemas, inclusive do saudoso vate - Bandeira
Tribuzzi. O eloquente companheiro Bené, de Lago da Pedra deu forte “pedrada” na
SECUIT que, até hoje, sequer deu posse aos novos membros do Conselho Estadual
de Cultura, o que foi seguido no mesmo tom pelo valoroso agente Osório Neto, de
São Francisco do Brejão, o qual em oportuno viés sugeriu a criação das
regionais de cultura pelo Estado. A Federação dos Municípios - FAMEM,
representada pelo prof. Marcos Carvalho, enfatizou o irrestrito apoio da
entidade ao encontro, com vistas aos planos municipais do setor.
Nota 10, também, para a representação grajauense: Secretaria
de Cultura, Soraida N. Arruda, professoras Maria Cleia, Cleiane Chaves e a
bibliotecária Diana que falaram com acerto a respeito da nossa rica geografia cultural,
dando ainda valiosas sugestões, no tocante a incentivos, recursos, ideias,
gestão partilhada, salas destinadas a público infantil, incentivo à leitura por
prazer, traçando, assim, o belo perfil cultural grajauense.
Mas, a presença, de alto relevo, foi, sim, do Ministério da
Cultura/UNESCO,/Representação Regional do Nordeste, através da consultora Cristina
(Vale seu vasto e basto conhecimento) nas instâncias culturais, orientando,
ensinando, dando as cartas do saber estratégico em todo o processo de produção,
circulação, consumo, captação de recursos, - na medida exata, capaz de se
alavancar- a CULTURA, sempre voltada às populações interioranas - sonhadoras de
níveis de vida, compatíveis com a dignidade humana e cristã.
A pitada amarga do evento foi a ausência dos guerreiros de
luz da terra do frei: Carlos Santiago, maestro Pietrinni e Domingos César (meu
querido confrade, poeta/escritor) que tanto engrandecem a cultura imperatrizense.
Por que?
Jornal O Estado do
Maranhão, São Luís, 22 de maio de 2012, terça-feira.
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